sábado, 11 de fevereiro de 2012

...e alguns homens também.

Rendi-me e te liguei novamente. Sua voz rouca denuncia que acabou de acordar, um “alô”, “ah, é você...diga”  num tom tão despreocupado que me tranqüiliza, já que te liguei só por consolo, com uma enorme vontade de te falar o quão infeliz estou num relacionamento que está desmoronando. Mas não, não posso despejar em você toda minha tristeza, afinal, você é aquilo que chamam de ex. Ex o que? No meu, nosso caso, de minha parte você não é ex em nada. Nem ex amor, ex namorado, ex sonho de vida toda, nada disso. Só acabou, assim, simples e pueril. Acabou o romance, o carinho ficou; acabaram-se os beijos, as noites, mas o amor ficou. No telefone eu pergunto se você está melhor, querendo dizer “fica comigo essa noite”, vamos jantar, tomar um vinho como de costume e nos amar. Que cruel, que rude você é comigo; nunca aprendeu a separar o fim de um romance com o inicio de uma noite ocasional por carência de minha parte, e você, que se rende só de ver meus cabelos soltos voando poderia muito bem cumprir seu insaciável desejo por mim.
Acho que nos falamos pouco mais de quatro minutos. Nossas perguntas convencionais e educadas de sempre, você sempre fora um amante perfeito pelas linhas telefônicas. Você sempre fora perfeito quanto se tratava da gente e tudo que nos diz respeito. Eu mal sabia que aquele seria um suposto último telefona, talvez, se houvesse aviso prévio eu demoraria alguns dias na linha antes de dizer “beijo, tchau”.
Ao bater o telefone no gancho adentra a porta o  homem que venero há anos, lindo, límpido, alvo, intrigante, mas que eu amo. Eu o abraço forte e digo que senti sua falta. Sim, há poucos segundos estava no telefone com o você, e agora, estou trocando beijos com o ele como se fosse só eu, ele e nosso amor mais turbulento que um avião a ponto de cair.
No fim das contas, não passou de uma noite como qualquer outra. Você e eu, um do lado do outro vendo      novelas baratas de televisão (Ah, se você soubesse como eu não gosto de televisão), um marasmo assombroso que não combina nem um pouco com a nossa relação e que ultimamente tem consumido aquela paixão que flagela o coração de duas pessoas que decidiram passar mais que a vida inteira juntos.
                                                                                                                                             

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Palavras de um futuro bom




Vezenquando eu quero fechar os meus olhos e lembrar que foi doce, e será.. quando tudo isso passar. Vezenquando eu quero sentir o sol bater nos meus olhos pra eu me sentir mais viva e completa, mesmo sem você aqui. Sempre, eu quero lembrar que eu posso ir além de onde estou estagnada agora, sem saber por onde começar a reciclar meus sentimentos. Sempre, eu quero ter a sensação de renovo, de recomeço, dentro de mim a cada segundo que minha mente ousar focar no passado. Nunca, eu quero me deixar ou me me trocar por outro. Sempre, eu quero acreditar na dádiva do amor. Para sempre, eu espero sentir todas as minhas células nervosas pulsarem ao ouvir o nome do meu amado, porém, desconhecido.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Isso eu vi, o vento leva

Dias de chuva me põe a pensar...principalmente quando a chuva é bem fraquinha com pingos intensos. É como se cada parte minha que necessita ir embora fosse um pingo caindo no chão e sendo rapidamente absorvido pelo solo. Hoje, o que vai embora é a raiva e todas as suas implicações.

Durante muito tempo eu me achava incapaz de sentir raiva de alguém, até julgava quem se dizia possuidor de tal sentimento. Questionava-me como era possível alguém sentir coisas tão ruins que só a consomem por outrem. Mas se tem algo que aos trancos eu aprendi com a vida é que ela te dá justamente o que você julga ser incapaz de sentir, suportar ou fazer. E não podia ter sido diferente justo agora, comigo...a garota que sempre possui soluções bem formuladas pra os outros, mas que não consegue desfazer as próprias covas que cavou; enfim, senti raiva.

Não raiva escancarada, gritante, vermelha. Raiva quietinha, fria, dura, amarga...coisas que, quem me conhece sabe muito bem, não tem absolutamente nada a ver com a minha pessoa. E, dias de chuva me doem também...mas nada, NADA, me doeu mais do que raiva.

Hoje, andando no meio de uma multidão eu pensei com os meus botões. Pra que alimentar um sentimento que dói mais que dor de amor? E vendo tanta gente você começa a perceber que existem pessoas que passaram por muitas piores e estão ali, em pé, sorrindo, andando de cabeça erguida. E no fim o que te resta é encontrar como esvaziar você de um sentimento ruim. E eis que vem novamente a chuva...ela limpa, ela acalma, ela passa...feito raiva, ela passa.

Hoje, o que vai embora é você, de dentro de mim, da minha vida e de qualquer lembrança. Quero pronunciar seu nome sem remorso, deixando a minha raiva passar...

Então, eu te perdoo.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

O tempo existe sim, e devora!

Bem, sempre me achei estranha. Estranha por continuar tentando planejar um futuro, uma vida, um casamento, os dias em que compraria flores frescas para animar a casa. Um futuro meticulosamente planejado. Uma faculdade, curso, realização, carreira, casamento, filhos...
Eu planejei tantas coisas, idealizei tantas vidas e hoje eu me vejo de frente pro espelho do quarto, olhando bem no fundo dos meus próprios olhos e me perguntando "afinal, por que motivo eu imaginei a possibilidade de planejar uma vida?"
Me questionando, eu vejo (e sinto) meus planos serem consumidos por uma enorme vontade de retroceder, Não, não, não te culparei por isso, só fui tola de ter esquecido de mim pra lembrar de você. Você que está longe e que não volta. Não volta pra minha vida, porque no fundo, não quero perder o que eu sou de novo para ganhar o que você quer que eu seja. O que eu mais quero agora é calma, amor, fogo, paixão, felicidade.. e´vamos combinar.. essas coisas não combinam com você.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

As pessoas se encontram e se perdem





Só dentro do seu círculo vicioso eu consegui ser eu de novo. Só com tua voz, corpo e alma eu deixei meus medos de lado. Só por você eu abanbonei passado. E olhe, cá estou eu em frente o espelho procurando aquela que eu era contigo, mas não encontro. Me encontre...









sexta-feira, 18 de março de 2011

O que me tira o sono

Tenho a leve desconfiança que gosto de ti. Que sinto meu coração pulsar mais rápido e forte quando te vejo. Que cada célula minha se desmancha com o seu abraço.

Gosto de quando você olha pelos cantos e da forma suave como sua sobrancelha se desenha nos traços perfeitos do seu rosto. Adoro o tom engraçado do seu quase riso, que se me deixa mais presa nesse estranho delírio. É como se em você houvesse algo mais forte que um imã, me atraindo desde a primeira vez que te vi.

Você me sufoca e me prende, querido, mas não do jeito que eu gostaria. Pudera eu estar presa em seus braços e sufocada em seus beijos.

Mas, veja bem, o “bem-querer-bem-mais-que-bem-querer” de uma, é o tanto faz de outro. Eis que no silêncio da noite e a chuva fina e fria caindo lá fora, eu repito que “não é pra acontecer” – repito mil vezes, como numa prece, tentando um consolo. E, pensando bem, vai ver não é mesmo. Como essas coisas boas que a gente torce a vida inteira pra acontecer, e sempre chegam bem pertinho, mas simplesmente não acontecem... Você é assim. Somos – eu e você – assim... só pra sonhar, não pra viver.

lima, sempre amei esse sobrenome

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Questão de opinião

Acabei de saber que um jovem de 20 anos se enforcou por não aguentar o fim de um relacionamento. É estranho falar disso, mas a verdade é que coisas desse tipo deve acontecer todos os dias por aí e "não damos muita importância". Tá certo que cada um sabe de si, cada sabe da dor que carrega no peito e é dono da sua própria vida - fazendo dela o que bem quiser. Acontece que o equívoco das pessoas me mata; dizer que se matou por amor, tenha dó! Ninguém morre ou se mata por amor, isso é doença.
A não ser que toda a concepção de AMOR que eu tenha esteja errada. Pois amor não mata minha gente: a gente sofre, e como sofre...mas estamos aí, porque a vida não pára.
Sinceramente, eu prefiro acreditar que atitudes como essas são fruto de algum leve distúrbio ou de sentimentos mal organizados. Não estou julgando ninguém (quem sou eu?), afinal, cada um sabe de sua dor. Mas cá entre nós, amor e morte só estão ligados para remissão de pecados.


"Não importa em quantos pedaços seu coração foi partido. O mundo não pára pra que você o conserte"