segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Tudo que eu (não) queria te dizer

Acontece rupturas na vida de todo mundo. Pois bem, estou passando por uma espécie de ruptura, soa mais como uma despedida. Despedida da Marina que eu era com Ele. Ele que insiste em falar que o escondo - mal sabe que já espalhei aos quatro ventos que estou loucamente apaixonada. Dizem que despedir-se de um amor é despedir-se de si mesma; pois concordo. Hoje, ontem e provavelmente amanhã olharei meu reflexo no espelho e não reconhecerei.
Os próximos posts do blog trarão trechos do livro Fora de mim, da Martha Medeiros. Ela fala por mim nesse momento que nem para minha melancolia eu sinto inspiração para escrever. Pois é, meu bem...roubaram-me a vida, o amor e o músculo pulsante que eu tinha no peito.


"Eu sabia que terminaríamos, eu sabia que era uma viagem sem destino, sabia desde o início e não sabia, não sabia que doeria tanto, que era tanto, que era muito mais do que se pode saber, ninguém pode saber um amor, entender um amor, tanto que terminou sem muito discurso, foi uma noite em que você quase pediu, me deixe. Ora, pra que me enganar: você realmente pediu, sem pronunciar palavra, você vinha pedindo, me deixe, e eu, de repente, naquela noite que poderia ter sido amena, me vi desistindo de um jantar e de nós dois em menos de dez minutos, a decisão mais rápida da minha vida, e a mais longa, começou a ser amadurecida desde a primeira vez em que falei com você, desde uma tarde em que ainda nem tínhamos iniciado nada e eu já amadurecia o fim, e assim foi durante o tempo em que estivemos tão juntos e tão separados, eu em constante estado de paixão e luto, me preparando para o amor e a dor ao mesmo tempo, achando que isso era maturidade. Que idiota eu sou, o que é que amadureci?
[...]
Você não ligaria no dia seguinte..."